segunda-feira, 16 de março de 2009

Dia 6 - adios mi buenos aires querido

Ultimo dia, acordei bem cedo e fui correndo até um cyber pra comprar a passagem do buque de volta pra Colônia. Fiz todo o processo, mas já na internet vi que meu cartão de crédito seguia com problemas. Voltei pro hotel e acordei a Leandra pra tomarmos café e resolver duma vez o problema.

Fizemos o checkout no hotel e tentei pagar novamente com o cartão, que sabe-se lá a razão, foi aceito numa boa. Deixamos nossas malas no balcão para buscar mais tarde e partimos a pé em direção ao centro.
O pátio da manzana de las luces
No caminho, muito sem querer, encontramos a famosa Manzana de las Luces, da qual já havíamos ouvido falar mas nem cogitávamos uma visita. Mas como estava no caminho, entramos para conhecer. Muita sorte. O lugar construido pelos jesuítas tem muita história e um belo mercado de antiguidades. O prédio contém passagens subterrâneas por onde os jesuítas levavam ouro e outros materiais preciosos para as embarações rumo à espanha, mas uinfelizmente devido ao horário, não pudemos fazer esse tour.

Seguimos caminhada e chegando à Calle Florida fomos direto na agência do Banco do Brasil. Dessa vez chegamos a tempo e fomos atendido por um funcionário que me explicou que para usar o cartão internacional, precisaria ser desbloqueado com antecedência. Fiquei puto, pois ainda em Porto Alegre, quando fomos comprar a carta verde, o funcionário da agência da Goethe me disse que não precisava de nenhum processo - "se o cartão é internacional, é só sacar". Otário! O funcionário me explicou também que sem desbloqueio pode-se sacar até 300 reais antes de travar o funcionamento do cartão. Por sorte, o processo foi feito rápido e em menos de 5 minutos tudo estava solucionado.

Voltamos até a galeria pacífico onde no dia anterior haviamos esquecido algumas sacolas na mesa onde almoçamos. Infelizmente ninguém achou a sacola e acabamos passando em algumas lojas pra comprar tudo de novo. Almoçamos e fomos em direção ao terminal do buque.
Chegando lá, muitas filas e a confirmação de que a passagem que eu havia reservado pela internet não estava disponível por causa do problema do cartão de crédito. Mas como há males que vem para o bem, novamente demos sorte. Na internet só haviam passagens de 1ª classe disponíveis, mas no terminal ainda existiam as econômicas. Compramos os tickets para o buque veloz que saía de BsAs no final da tarde.

Já moídos de tanta correria e dos vários dias caminhando, voltamos até nosso hotel e sentamos pelo sofá no saguão para descansar e aguardar. Ficamos ali mais de meia hora e ainda demos um pulo nas lojas de artigos de design de San Telmo. Depois disso, pegamos nossas malas e fomos novamente para o terminal, agora de taxi. No caminho, fomos nos despedindo de tão bela cidade, passando pelo puerto madeiro, agora num lindo dia de sol, fazendo promessas de lá retornar em breve.

O processo de embarque foi tranquilo e logo já estávamos no buque. Desta vez viajamos sentados e em silencio, apreciando o horizonte e o movimento das ondas.

Chegando em Colonia do Sacramento, fomos até o estacionamento buscar o golzinho. Total de 40 reais, saiu barato pra manter o carro seguro durante esses dias - e nem sentimos falta dele. Saímos da garagem e resolvemos dar uma volta pra conhecer a cidade, antes de finalmente partir rumo a Montevideo. O centro "normal" é bem legal, mas também não foi o que nos chamou mais atenção. Tem um charme de cidade pequena, pessoas sentadas na frente de casa domando mate.

Compramos uns queijos maravilhosos numa casa especializada e tinhamos algumas torradinhas e atum guardados no carro, que a Leandra deixou especialmente pra momentos de aperto. Fomos procurar um lugar bom pra farofar. Andando em direção ao centro histórico, cada vez mais fomos nos apaixonando pelas pequena cidade. Ruas estreitas, algumas com o calçamento original e casas dos tempos coloniais... parei o carro de frente para um trapiche e comemos sob as luzes que se refletiam na água.
Já satisfeitos, resolvemos descer do carro pra caminhar um pouco. A sensação de andar no centro histórico é de estar no século XVIII. Algumas ruas tem o calçamento tão antigo que nem é permitido o transito de veículos. Fomos descobrindo cada ruela e entramos em lugares sensacionais, todos bem direcionados para o turista que passa por Colônia uma noite antes de tomar o buque para a Argentina. Aposto que o turista que vem só pra dormir, sempre acaba ficando mais de um dia. Os bistrôs, todos com um clima muito europeu, têm um charme dificil de resistir. Tudo às voltas de ruínas de igrejas e antigas escolas jesuítas.
Gostamos tanto que desistimos de Montevideo e resolvemos procurar hotel para dormir lá mesmo. Buscamos basstante e encontramos um que parecia legal, mas não fizemos check-in. Já sabíamos onde iriamos ficar e acabamos relaxando. Entramos em uma rua onde estava acontecendo um carnaval de bairro, com um palco montado e uma banda tocando uma música caribenha muito massa. Não sei bem definir que estilo era aquele, mas foi muito legal ouvir os instrumentos de sopro e ver a alegria dos moradores simples daquela cidade. Ficamos ali assistindo e perdemos a noção da hora. Quando voltamos para o hotel, a bomba: apareceu outro cliente e ficou com o nosso quarto!

Lá fomos nós procurar tudo de novo. Chegamos em um hotel que só tinha quartos para 5 pessoas, mas como já era perto de 2 da manhã, o simpático atendente nos fez um belo desconto e acabamos ficando num quarto massa e enorme.

Foi ótimo ter ficado em Colônia e recomendo muito a cidade a todos que planejam uma ida a Buenos Aires. Já estávamos no "espírito do retorno" meio deprês e pensando no retorno à vida normal e nos surpreendemos com o que vimos.

Um comentário:

Anônimo disse...

O Hotel onde fomos muito bem atendidos se chama Riviera e serve um "honesto" café da manhã. Recomendo!
Também vale o passeio de bicicleta pelas praias, podendo assim, chegar até as ruinas de um tipo de "coliseo" onde ocorriam touradas pelo q entendi... Belíssimo!
Leandra