Fizemos o checkout no hotel e tentei pagar novamente com o cartão, que sabe-se lá a razão, foi aceito numa boa. Deixamos nossas malas no balcão para buscar mais tarde e partimos a pé em direção ao centro.
No caminho, muito sem querer, encontramos a famosa Manzana de las Luces, da qual já havíamos ouvido falar mas nem cogitávamos uma visita. Mas como estava no caminho, entramos para conhecer. Muita sorte. O lugar construido pelos jesuítas tem muita história e um belo mercado de antiguidades. O prédio contém passagens subterrâneas por onde os jesuítas levavam ouro e outros materiais preciosos para as embarações rumo à espanha, mas uinfelizmente devido ao horário, não pudemos fazer esse tour.
Seguimos caminhada e chegando à Calle Florida fomos direto na agência do Banco do Brasil. Dessa vez chegamos a tempo e fomos atendido por um funcionário que me explicou que para usar o cartão internacional, precisaria ser desbloqueado com antecedência. Fiquei puto, pois ainda em Porto Alegre, quando fomos comprar a carta verde, o funcionário da agência da Goethe me disse que não precisava de nenhum processo - "se o cartão é internacional, é só sacar". Otário! O funcionário me explicou também que sem desbloqueio pode-se sacar até 300 reais antes de travar o funcionamento do cartão. Por sorte, o processo foi feito rápido e em menos de 5 minutos tudo estava solucionado.
Voltamos até a galeria pacífico onde no dia anterior haviamos esquecido algumas sacolas na mesa onde almoçamos. Infelizmente ninguém achou a sacola e acabamos passando em algumas lojas pra comprar tudo de novo. Almoçamos e fomos em direção ao terminal do buque.

Já moídos de tanta correria e dos vários dias caminhando, voltamos até nosso hotel e sentamos pelo sofá no saguão para descansar e aguardar. Ficamos ali mais de meia hora e ainda demos um pulo nas lojas de artigos de design de San Telmo. Depois disso, pegamos nossas malas e fomos novamente para o terminal, agora de taxi. No caminho, fomos nos despedindo de tão bela cidade, passando pelo puerto madeiro, agora num lindo dia de sol, fazendo promessas de lá retornar em breve.
O processo de embarque foi tranquilo e logo já estávamos no buque. Desta vez viajamos sentados e em silencio, apreciando o horizonte e o movimento das ondas.
Chegando em Colonia do Sacramento, fomos até o estacionamento buscar o golzinho. Total de 40 reais, saiu barato pra manter o carro seguro durante esses dias - e nem sentimos falta dele. Saímos da garagem e resolvemos dar uma volta pra conhecer a cidade, antes de finalmente partir rumo a Montevideo. O centro "normal" é bem legal, mas também não foi o que nos chamou mais atenção. Tem um charme de cidade pequena, pessoas sentadas na frente de casa domando mate.
Compramos uns queijos maravilhosos numa casa especializada e tinhamos algumas torradinhas e atum guardados no carro, que a Leandra deixou especialmente pra momentos de aperto. Fomos procurar um lugar bom pra farofar. Andando em direção ao centro histórico, cada vez mais fomos nos apaixonando pelas pequena cidade. Ruas estreitas, algumas com o calçamento original e casas dos tempos coloniais... parei o carro de frente para um trapiche e comemos sob as luzes que se refletiam na água.


Lá fomos nós procurar tudo de novo. Chegamos em um hotel que só tinha quartos para 5 pessoas, mas como já era perto de 2 da manhã, o simpático atendente nos fez um belo desconto e acabamos ficando num quarto massa e enorme.
Foi ótimo ter ficado em Colônia e recomendo muito a cidade a todos que planejam uma ida a Buenos Aires. Já estávamos no "espírito do retorno" meio deprês e pensando no retorno à vida normal e nos surpreendemos com o que vimos.
Um comentário:
O Hotel onde fomos muito bem atendidos se chama Riviera e serve um "honesto" café da manhã. Recomendo!
Também vale o passeio de bicicleta pelas praias, podendo assim, chegar até as ruinas de um tipo de "coliseo" onde ocorriam touradas pelo q entendi... Belíssimo!
Leandra
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