Acordamos logo cedo, tomamos um bom café oferecido pelo hotel Rivera - o melhor de toda a viagem - e partimos de carro pra ver mais um pouco de Colonia com luz do sol. Nos dirigimos até a antiga Plaza de Toros, onde se realizavam as touradas. O lugar é bacana, como uma versão reduzida do Coliseu, mas infelizmente a entrada é proibida. O prédio foi condenado e pode cair a qualquer momento.
Fizemos um caminho na beira da praia, cheio de casas bonitas, mostrando o lado mais rico da cidade e que a mesma tem diversas atrações além do já citado centro histórico. É legal ver que o Prata do lado de cá é mais limpo e bonito do que do lado de Buenos Aires. Aos poucos nos despedimos desta agradável cidade (e surpresa) e tomamos a rota em direção a Montevideo.
Por engano tomamos uma rota de praias, o que acabou sendo uma opção legal e diferente do que já havíamos visto na vinda. Depois de algumas horas, acabamos chegando na capital e em razão desta nova rota, nos escapamos da correria e de nos perdermos como 7 dias antes. Logo na entrada vimos placas sinalizando o caminho em direção a Punta del Este e seguimos esse rumo. foi um caminho um pouco mais longo, mas valeu muito a pena, pois costeamos toda a cidade por uma belíssima avenida beira-mar.

Saindo da cidade, seguimos rumo até Punta Ballena. No meio do caminho, uma parada pra comemorar os primeiros 100mil km rodados do golzinho 2000. Pouco antes de Punta Ballena, tem um mirante muito bacana que merece uma parada. Alguns minutos depois estávamos em frente à famosa Casa Pueblo construida pelo artista plástico uruguaio Carlos Páez Vilaró. A casa foi toda construida com ajuda do povo local e é simplesmente uma viagem. A arquitetura é uma loucura, e a casa imensa se divide em vários pedaços. Eu e a Leandra entramos, por 12 reais cada um, na parte que é o museu com várias obras do artista, que salvo algumas exceções, não achei nada de grandioso, apesar do artista ter cultivado uma amizade com o Picasso.

O problema é que o museu é pequeno e usa menos de 1/3 da casa, que definitivamente é a atração principal. Portanto, recomendo muito mais que se entre no restaurante do hotel, que fica na segunda entrada - onde paga-se quase o mesmo valor, mas é consumação que pode dar um belo desconto numa refeição, ou que seja, numa cerveja. O restaurante fica lá embaixo e o visitante deve descer por toda a casa para chegar lá. Como já estávamos curtos de grana, ficamos só com o museu mesmo.

Visita rápida, tomamos o carro e partimos em direção a Punta del Este. A idéia era passar de carro rapidamente pela praia, mas pra variar, me perdi de novo. Rodamos um bocado pelo belíssimo e imenso balneário de Maldonado. Paramos pra tirar muitas fotos e vimos muitas casas de milionários. Perder-se numa viagem às vezes pode ser uma coisa legal... é chato ter tudo planejado. Legal é dar espaço pros imprevistos, pois são estes que acabam sendo as melhores lembranças. Mesmo com isso em mente, eu sempre acabo me estressando, especialmente quando dirigindo... meus acessos de "seu Roberto" que a Leandra que tem que aturar.

Finalmente descobrimos a saída, mas já era tarde e resolvemos "almoçar". Sem muitas opções, tive que me render ao fast food - mas McDonald's jamais! Comemos no Burger King e, tenho que reconhecer, fiquei impressionado com o tamanho do maldito whopper... Saímos com o carro em direção à rota informada. Achamos que havíamos entendido tudo certo, mas realmente nosso portunhol não foi suficiente. Mais uma vez tivemos muitas surpresas. Cruzamos uma série de praias cujo nome já não lembro e pra retornar à rota rumo ao Chui, tomamos uma última saída em estrada de chão.
Finalmente, tomamos a rota 9 e assim, seguimos caminho de volta pra Pelotas, onde nos aguardava a Felicia, linda e num sono tranquilo que não tivemos nem coragem de interromper.
E assim terminou a nossa pequena jornada de uma semana, num ótimo carnaval sem samba, graças a deus.
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