sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Ele roubava o que eu mais valia

recessão violenta nesse final de ano. sem grana. sem perspectivas. sem férias. sem viagens. sem receber de um monte de picaretas que fingem que eu não existo. estamos trabalhando num ritmo absurdo pra poder, pelo menos juntar os trocados e pagar uma festinha de aniversário decente pra nossa querida filha.

a festa que prometemos o ano inteiro deve acontecer no dia 13 de dezembro.

engraçado que mesmo sem grana, a gente ainda deve a oportunidade de assistir ao zeca baleiro em porto alegre, com ingressos de cortesia descolados por um amigo. o show tava ótimo. a melhor parte, sem dúvida, foi quando ele tocou a musica...

Eu Despedi O Meu Patrão

Eu despedi o meu patrão
Desde o meu primeiro emprego
Trabalho eu não quero não
Eu pago pelo meu sossego...

Ele roubava o que eu mais valia
E eu não gosto de ladrão
Ninguém pode pagar
Nem pela vida mais vazia
Eu despedi o meu patrão...

Ele roubava o que eu mais valia
E eu não gosto de ladrão
Ninguém pode pagar
Nem pela vida mais vadia
Eu despedi o meu patrão...

Não acreditem!
No primeiro mundo
Não acreditem!
No primeiro mundo
Só acreditem!
No seu próprio mundo
Só acreditem!
No seu próprio mundo...

Seu próprio mundo
É o verdadeiro
Meu primeiro mundo
Não!
Seu próprio mundo
É o verdadeiro
Meu primeiro mundo
Não!
Seu próprio mundo
É o verdadeiro
Primeiro mundo
Então!...

Mande embora
Mande embora agora
Mande embora
Mande embora agora
O seu patrão
Seu patrão (O seu patrão!)
Mande embora
Mande embora agora
Mande embora, agora
Mande embora o seu patrão
O seu patrão...

Ele não pode pagar
O preço que vale
A tua pobre vida
Oh Meu!
Oh Meu irmão!...(2x)

(Neste mundo é mais rico o que mais rapa:
Quem tem mão de agarrar, ligeiro trepa;
Quem menos falar pode, mais increpa:
Quem dinheiro tiver, pode ser Papa.)

* A parte em parênteses é trecho de soneto de Gregório de Mattos,
poeta bahiano barroco *

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