Era uma segunda-feria, e foi muito legal caminhar pelo centro sentindo o clima de Buenos Aires num típico dia de correria e trabalho. O movimento na rua florida é absurdo, muita gente se batendo e lojas sempre cheias. Entre as infinitas galerias espalhadas pelo centro, nos chamou a atenção a Galeria Mitre, que tem a entrada bem simples, com uma loja Falabela mas lá dentro revela-se um imenso shopping com uma moderníssima estrutura subterrânea. Entramos em diversas livrarias e lojas de bugigangas, até que fomos usar o cartão de crédito pela primeira vez naquele dia e tivemos acesso negado. Não conseguia sacar dinheiro e nem usar para qualquer tipo de compras. Sempre era "denegado".
Corremos até um cyber e conseguimos o endereço da agência do Banco do Brasil na cidade e fomos até lá. Pro nosso azar, as agencias internacionais do banco brasileiro fecham antes das 15hs e não conseguimos chegar a tempo. Tínhamos um pouco de dinheiro, suficiente para o dia todo, mas começava a me preocupar com o pagamento do hotel e do buque de volta para o Uruguai. Toda essa função só foi se resolver no dia seguinte.
Tentamos não nos preocupar demais com isso para curtir o resto do dia e seguimos caminhada em direção à famosa Galeria Pacífico. O magnífico prédio construido em 1891 foi concebido e claramente inspirado na Galleria Vittorio Emanuele II em Milão. É realmente impressionante a arquitetura e a beleza do lugar, coberto de afrescos e com centenas de lojas bacanas. Por azar, ou sorte, não tínhamos dinheiro e ficamos só olhando as vitrines.

Dali pegamos o metrô, a melhor opção de locomoção na cidade, especialmente para longas distâncias e, novamente fomos ao Palermo. O bairro é muito charmoso, cheio de lojas e bares bacanas. Demos uma longa caminhada pelas ruas arborizadas e entramos em diversas lojas de roupas cheias de estilo típico dos portenhos. Compramos um refrigerante num mercado e rimos muito com a nossa falta de noção: a funcionária indicou onde poderíamos pegar os "sorvetes". Achamos que tinha sorvete de graça, mas não vimos nada. Saímos do mercado e só mais tarde fui perceber que ela se referia aos canudinhos. Dã.

Eram mais de 10 da noite e resolvemos partir para tentar pegar a última linha do metrô para San Telmo, visto que não tinhamos muito dinheiro e já sabíamos que o taxi até lá sairia bem salgado. Corremos muito e chegamos "em cima do laço". Tanto que o caixa já estava fechando e nos deu passe livre. Fizemos uma rápida conexão e logo estávamos no hotel.
Lá, trocamos de roupa e decidimos sair para comer alguma coisa. Caminhamos pela volta do hotel e passamos por diversas opções bacanas nos mais variados valores para jantar. Ficamos com um bar muitíssimo legal chamado Sedóon, localizado bem na esquina da Defensa com a rua Chile. O bar tem um estilo difícil de definir, mas muito aconchegante. A música estava ótima, tocando desde Queen a Faith no More, com clipes rolando no telão. A comida também, muito boa e muito recomendada. Ali tomamos mais uns chopps e vinhos até o cansaço bater e voltarmos para o hotel descansar.
Um comentário:
nesse dia perdi todos os badulaques q havia comprado :(
Leandra
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