quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

quando

quando o ar que eu respiro se torna o ar que me sufoca
quando o lugar que eu odeio vira meu refúgio
quando o tempo pára e o vazio é mais denso que o sangue
quando o silêncio é assustador demais pra agüentar
quando a lembrança parece uma vida inteira
quando a espera agride mais que a perda
quando o soro seca e a existência soa desnecessária
quando à beirada eu me viro e penso em tantos quandos mais
quando um degrau vem antes de ir de encontro ao chão

Um comentário:

Paula de la Rocha disse...

Quando o céu mostra que há limites
Quando o mundo prova que existe um fim
Quando a morte parece a porta mais próxima
Quando a solidão sufoca a presença de todos
Quando o corpo não suporta a cabeça
Quando a vida te fechar as portas
Quando te sentires já a um palmo abaixo do chão
Quando o sorriso perder os dentes
É porque chegou o momento de juntar os cacos
Quebrar a maldição
E renascer na tua própria semente.
Beijo da mana