Parte 1 - Amsterdam
Depois do ultimo post, ainda saímos de Paris para conhecer o tão famoso castelo de Versailles. Foi um passeio que durou um dia inteiro e que teve seus altos e baixos. Pontos baixos foram o salão de ópera do palácio estar em fase de restauração e fechado para visitas, e outra coisa desestimulante foi que não se pode visitar todos os cômodos do castelo. O turista é obrigado a fazer um roteiro pré-estabelecido, seguindo a boiada - o que é péssimo quando há muita gente, pois não rola de cada um ir pro seu lado.
Mas pontos altos são obviamente estar presente em cômodos onde reis e rainhas nasceram e morreram - especialmente Maria Antonieta. Os imensos jardins do palácio são uma atração à parte - deu inclusive pra alugar um barquinho e dar uma passeada pelas piscinas. Quem algum dia visitar o palácio, deixo a dica que acredito que muita gente acaba não conhecendo, devido o cansaço e tamanho do passeio: muito além do jardim e dos palácios menores (os Trianons), fica uma pequena aldeia muito bacana onde provavelmente habitavamo os camponeses e serviçais do palácio. As construções são belíssimas.
No mesmo dia ao retornar a Paris, ainda fomos conhecer o bairro de Montmartre, onde fica a belíssima Catedral de Sacre Ceur e também toda a vida boêmia da cidade. Belíssima parte de paris, cheia de pequenas ruazinhas onde fica clara a passagem de Lautrec e Cia. no início do século XX. Não pude deixar de tirar fotos do Moulin Rouge, obviamente.
Na manhã seguinte, partimos para Amsterdam. Viagem rápida de trem (4 horinhas), chegando lá perto do meio-dia. Depois de um certo pavor de não encontrar lugar pra ficar, acabamos ficando perto da estação central num hotel bacana, mas bem carinho, chamado Van Gelder (www.hotelvangelder.nl). Preços aliás, me espantaram em Amsterdam, e só muito depois descobri porque: a cidade estava começando os 5 dias de festividades que antecedem ao Queens Day, que pelo que soube é um carnaval imenso especialmente na Holanda e no Reino Unido.
E festa foi o que não faltou por lá. A cidade é igualmente impressionante - a vida noturna não pára. Muita festa, muita música, e todas as idades se divertindo muito. Em cada praça da cidade tinha algum parque de diversões e em todas as noites vimos bandas tocando desde Janis Joplin até The Doors - detalhe é que essas bandas eram compostas em sua maioria por cinquentões que bebiam e fumavam feito jovens de 15 duma maneira que eu nunca tinha visto antes. Divertidíssimo ver os coroas curtindo numa espécie de carrossel sem cavalos, mas com uma boa dose de adrenalina - brinquedo que a Leandra acabou me convencendo a andar.
A cidade é toda construida sobre a água - o que lembra muito as fotos que vi de Veneza. Os canais fazem círculos concêntricos e a formação da cidade lembra uma teia de aranha - e a coisa mais fácil do mundo é se perder por suas ruazinhas. Chama atenção os prédios tortos - não sei porque razão, mas tem muita casinha que parece que vai cair a qualquer momento. Não deixamos de visitar pelo menos um dos cofee shops da cidade e fazer o que tinha que ser feito, e também passeamos pelo Red Light District - o famoso bairro onde as prostitutas se exibem pelas vitrines com luzes vermelhas.
Visitamos o museu do Van Gogh, o que talvez tenha sido o museu mais bacana de toda a viagem. Eu e a Leandra não conseguimos evitar o nó na garganta e algumas lágrimas ao conhecer melhor a história tão trágica desse gênio. Além dos quadros maravilhosos, lemos trechos das cartas que ele mandava ao irmão dias antes de cometer o suicídio. "Agora sei com toda a certeza que sou uma enorme falha." O museu é de arrepiar e já vale uma ida até a Holanda.
Pra mim a palavra que melhor resume Amsterdam é SURREAL. Vale muito a pena conhecer.
Enfim, ficamos 3 dias por lá e agora estou no trem com a Leandra e mais uma família de italianos para fazer uma jornada de 14 horas cruzando praticamente toda a europa - passando pela Alemanha, um pedacinho da Suiça para chegar em Milão e finalmente fazer
uma conexão até Roma - que desde muito antes da faculdade anseio em conhecer.
Parte 2 - Itália
A viagem foi um inferno. Cada fronteira que passávamos - alemanha, suíça e itália - quando viam que meu ticket era de amsterdam, me faziam esvaziar a mochila e mostrar tudo o que trazia. Até cachorro farejou a nossa cabine. Fizeram um inglês tirar as calças na frente de todo mundo, e mesmo não achando nada, obrigaram o cara a saír do trem.
Chegamos de manhã cedo em milão e o tempo estava horrível. O trem que partia para Roma ainda nos dava umas horinhas pra caminhar pela mais moderna cidade italiana, então pegamos um metrô pra conhecer a catedral do Duomo. Sem palavras pra descrever o que é aquilo. É de dar medo a imponencia da construção e os milhares de detalhes e gargulas espalhadas. Também conhecemos a galeria Vitorio Emanuelle, que também é muito linda.
Toca pra estação e mais 6 horas de trem até Roma. Nesse ponto a gente já tava esgotado, somando a preocupação de não ter encontrado nenhum hotel vago lá, quando conseguimos acessar a internet. Mas ao chegar em Roma, no fim de tarde, fomos abordados por um homem que nos ofereceu hotel perto da estação e tudo. A Leandra, ótima negociadora conseguiu arrancar 60 euros por casal por noite. Fomos pro hotel e percebemos a grande cagada... pela primeira vez na viagem nos demos mal, popis o hotel era tão ruim que não merecia nem 1/4 do que pagamos... mas enfim, era só pra dormir - depois ainda falei com um casal de coroas brasileiros que estava pagando 100 euros... morremos de pena deles.
Na mesma noite saímos pra conhecer a cidade e já tive a oportunidade de ver o imenso Coliseu e um pouco da infinidade de ruinas do império romano que estão naquelas bandas.
O que dizer de Roma... fiquei com dores no pescoço de tanto olhar pra cima. Milhares de monumentos, ruinas, a fontana de Trevi... é tudo muito lindo. Meu avô que me desculpe, mas Os italianos é que não cooperam. Todos atendem mal, de má vontade, gritam, brigam - essa é a parte ruim da Itália. No dia seguinte ainda encontramos nosso companheiro de viagens - o Marcelinho - e depois do dia cheio, ainda fomos até Trastevere, um tradicional bairro de roma onde rola a noite da cidade. Eu comi uma massa carbonara cujo sabor jamais vou esquecer. A culinária italiana é uma atração à parte - destaque para as pizzas de padaria.
No dia seguinte pegamos uma carona com o Marcelo, que tinha alugado um carro e fomos até Napoli, bem ao sul. O clima mudou completamente, já que é uma cidade mais praiana. Tudo muito lindo, especialmente as pequenas ruazinhas da "favela" napolitana: o quartieri spagnolo. Vimos o vesúvio bem de longe e infelizmente não vimos muito mais do que isso, pois nossa passagem por lá era prevista pra apenas um dia. Pegamos o trem de volta pra roma, dormimos na nossa pequena espelunca e hoje pela manhã já pegamos o avião de Roma pra Paris, já que a passagem de volta pro Brasil é amanhã - 3 de maio...
UFA!
vou ver o que consigo colocar de fotos no flickr ainda hj à noite...
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3 comentários:
Mas e aí, cara!
Estão de volta? Mandem notícias...
Um abraço
Vou ler teu post com calma... Parece ter sido uma experiência e tanto! Eu vi as fotos no flickr e talz...
Não queria ofender os homens legais com as minhas generalizações. Principalmente os amigos, que são os melhores homens de todo o mundo =]
Não tem como tu saber o que é se sentir como eu me senti e o que eu passei. Espero que nunca te sintas assim. Tu mereces as melhores coisas... Uma das melhores pessoas da minha listas de pessoas ^^
Beijos
P.S.: eu podia ter dito que as mulheres são um saco, só não disse porque elas não me dão nenhum trabalho ou me fazem sofrer, heoaiehaioieha
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