“Morto? Talvez. Ou talvez sou organismo, através do qual a luz do dia podia passar, fosse impérvio aos meios de destruição que matam nossos corpos? Suponha que ele não estivesse morto...
Talvez apenas o próprio tempo tenha poder sobre aquele Ser Invisível e Temível. Por que possuiria aquele corpo transparente e incognoscível, aquela estrutura espiritual, se também temesse a doença, os ferimentos, as enfermidades e a destruição prematura?
Destruição prematura? Essa é a fonte de todo o temor humano. Depois do homem, a Horla. Depois daquele que pode morrer a qualquer dia, a qualquer minuto, de qualquer tipo de acidente, vem aquele que morrerá no dia, na hora e no minuto indicados, porque alcançou os limites de sua existência.”
De Horla (1888) de Guy de Maupassant
terça-feira, 26 de junho de 2007
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