sexta-feira, 23 de setembro de 2005

El maquinista

Há algum tempo ando fazendo uma economia por aqui e alugando menos filmes e indo menos ao cinema. O preço de uma locação em Porto Alegre é um absurdo de, no mínimo 6 reais, e o cinema, em dias promocionais por volta de 8. Não tem bolso que agüente.
Mas tive que dar uma trégua e abrir a mão um pouco com a chegada do fim de semana, visto que a Leandra precisava ficar em repouso absoluto e eu não pretendi em nenhum momento sair de perto dela. Entre uma bomba e outra, finalmente conseguimos assistir algo realmente novo e interessante.

O Operário (The Machinist, 2004) certamente excedeu às expectativas. E o momento é muito oportuno, dada a falta de criatividade rondando hollywood. Entre remakes, reaproveitamentos de livros, histórias em quadrinhos e seqüências desnecessárias, essa pequena obra de arte do diretor Brad Anderson remete a temas comuns nos filmes do Polanski, Hitchcock, David Fincher e Daren Aronofsky.
A história gira toda em torno do personagem de Cristian Bale (que depois deste filme fez um excelente trabalho com o bátima), sem dúvida alguma o responsável pelo realismo e credibilidade da história. O cara perdeu mais de um terço de seu peso para mostrar como é não dormir por um ano inteiro, e só a visão do corpo dele é de causar arrepios.
Debilitado, o personagem acaba envolvido em um acidente de trabalho e o resultado é uma série de eventos absolutamente esquizofrênicos e atordoantes. Sim, lembra o Clube da Luta; sim, lembra Insônia; sim, lembra Amnésia; sim, lembra Repulsa ao Sexo e siiiimm, lembra Pi. Mas tudo de uma maneira que torna impossível perder qualquer detalhe.

O verdadeiro sucesso da película, é mostrar e fazer o expectador sentir na pele, o que é sofrer de insônia e esquizofrenia. Não saber onde termina a paranóia e onde começa a verdadeira conspiração é uma sensação deveras inquietante, assim como em todos os outros maravilhosos filmes citados acima.

Apesar de suspeitar e especular o filme inteiro, o final não deixa de ser surpreendente e genial, juntando as peças e amarrando as pontas soltas. Chega a dar vontade de ver de novo, como em O Sexto Sentido, só pra ver se não tem nenhum furo. E acredite, não tem.

Explicando o título do post: quem assistir no DVD, vai entender que o filme é tão bom só porque foi produzido com verba de uma empresa espanhola.

5 comentários:

pablodelarocha disse...

vô ter q botar aquelas letrinhas pra evitar essas merdas...

Ana Margarites disse...

eu uso o sisteminha do haloscan. nunca tive problemas com spam :))

tche, parece bem interessante esse filminho aí. procurá-lo-ei.

beijão pra vocês!

Anônimo disse...

vou seguir a dica, também. ms closer é tão bom, tãããão bom, que vou comprar o dvd. decidido. rsrsrs amigo-urso, essa greve maldita acabou com meus planos. projetos de extensão e qualquer outra coisa são suspensos. mas ainda não desisti de te colocar pra conversar com meus mocorongos, ok? voltamos a falar nisso. como tá a família linda? beijoooos querido.

Leonardo Furtado disse...

acho que consigo locar esse filme aqui em pel por R$ 2,50

Anônimo disse...

VALEU A DICA PABLITO!
VI NESSE FDS "IRREVERSIVEL" (Q HÁ MTO ME RECOMENDAVAM)... É ATORDOANTE, TANTO PELO TEMA COMO PELAS ÓTIMAS TOMADAS ININTERRUPTAS!
SE PUDEREM VEJAM "A VIDA É UM MILAGRE" DO BAITA DIRETOR SÉRVIO EMIR KUSTURICA... MTO BOM!!!
ABRAÇOS PRA VCS
DIEGODELAROCHA